terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Espaço público versus espaço privado: mais um exemplo da falta de Educação

A tecnologia se desenvolve e traz consigo cada vez mais melhorias nas condições de vida da sociedade. Mas o mau uso da tecnologia é recorrente em todos os períodos da humanidade.

Recentemente, uma verdadeira praga tecnológica invadiu as praias:  os amplificadores de som com bateria recarregável. De todos os tamanhos e com várias potências, esses amplificadores tornaram praticamente impossível ter um pouco de sossego, conversar e ouvir o barulho das ondas do mar.

Sob incontáveis guarda-sóis, várias pessoas se acham DJ's. Creem que todos à volta estão interessados em balada 24h. E acham que todos têm a obrigação de ouvir aquilo que pensam ser boa música.

Normalmente são péssimas músicas, mas esse não é o ponto. O ponto central é a falta de respeito - resultado da falta de Educação - que essas pessoas têm com relação ao espaço público.

Hoje em dia ninguém contesta que fumar em espaços públicos fechados é uma falta de respeito. A revolucionária lei antifumo recentemente sancionada proíbe de forma justa o consumo de cigarros em bares, restaurantes e quaisquer outros espaços públicos - ou frequentado pelo público. O consumo de cigarros causa um problema que é conhecido na Economia como externalidade: quem está próximo ao consumidor de cigarros é "obrigado" a consumir passivamente o tabaco e todas as substâncias cancerígenas que dele derivam.

O consumo de música também gera uma externalidade. "Obriga" quem está próximo a ouvir o que frequentemente não tem interesse. Curiosamente já há tecnologia que permite evitar que tal externalidade ocorra: fones de ouvido.

Assim é cada vez mais urgente que seja aprovada lei que proíba que as pessoas ouçam música alta de forma a desrespeitar o espaço público. E que passe a punir quem insiste em desrespeitar com multas. Na verdade, bastaria Educação e o mínimo de bom senso.

Mas como isso parece ser inalcançável, talvez a solução temporária seja mesmo "doer no bolso". Assim como quem joga lixo nas ruas e quem causa qualquer distúrbio ao espaço público. Em um país onde falta Educação, sobram motivos para arrecadação com multas. Lamentável!

sábado, 15 de novembro de 2014

Inconsciência voluntária

Diante do gigantesco predador que devorará a presa viva, dilacerando lenta e dolorosamente as entranhas, o instinto primitivo de fugir e lutar é suprimido.

Como que vendo a vítima do alto do fosso, antecipando o que está para acontecer, grito aflito na esperança de salvá-la. A virtual presa olha diretamente nos meus olhos. Não se assusta diante do eminente ataque. Nem manifesta qualquer intenção de agarrar minha mão estendida a livrar-lhe do inevitável desfecho.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A Selic em 2015 pode chegar a 14%

O que nenhum dos candidatos à Presidência da República tem coragem de falar abertamente é que a taxa de juros básica da economia, Selic, poderá ser elevada para 14% ao ano ainda em 2015. Ou mais. Há dois fatores que corroboram para essa possibilidade. Em primeiro lugar, a inflação oficial (IPCA) está perto do limite do teto da meta de 6,5%. Segundo, como consequência da primeira, há uma pressão política originada principalmente do sistema financeiro para maior independência do Banco Central na condução da política monetária.


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Aécio fortalece Dilma ao atacar Marina



Há pouco menos de um mês para o pleito, as eleições para Presidente da República permanecem indefinidas. A última pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada hoje, 12/09/2014, mostra Dilma Rousseff à frente de Marina Silva, com 39% contra 31% respectivamente.

Fonte: Eleicoes2014.com.br, acesso em 12 de setembro de 2014.



domingo, 7 de setembro de 2014

Você é contra ou a favor da LEGALIZAÇÃO do DIVÓRCIO?


Não. Não escrevi errado. A pergunta é essa mesmo: você é contra ou a favor da legalização do divórcio? Fiz essa pergunta provocativa nas redes sociais* e as respostas foram as mais variadas. Alguns entenderam a analogia, para outros a palavra "legalização" passou despercebida e a resposta foi simplesmente sobre o divórcio. Curiosamente, ninguém se declarou contra o divórcio.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

7 X 1 – o Brasil precisava desse choque de realidade


O Brasil precisava de um choque de realidade. Durante décadas, alimentado pelo ufanismo sem sentido das redes de televisão, parece que a única coisa que fazia do Brasil ser "o Brasil" era o futebol. O mundo nos "respeitava" por sermos o país do futebol. Éramos "a pátria de chuteiras". O único tecido social que nos unia de norte a sul era o futebol.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

O legado da Copa 2014 para a Economia Brasileira

Vai ter Copa, é óbvio! Ninguém, em sã consciência, acredita que depois de quase R$26 bilhões – cerca de 1,3% do PIB – gastos com o evento esportivo que gera mais receitas com publicidade do mundo, o poder público e a sociedade de maneira geral iria aceitar que a Copa não acontecesse.
Fotomontagem: Rebaixada.org e Veja.

sábado, 7 de junho de 2014

7 segundos para se convencer da verdade

 Eu não acredito na gravidade  disse Monsieur Koppig ao pular do alto da Torre Eiffel para provar que estavam errados aqueles incrédulos.

Monsieur Koppig não morreu imediatamente com a queda. Viveu por breves 7 segundos de inconsciência mórbida. Em sua experiência quase morte – que logo seria a morte de fato – não viu anjos ou luzes.

Viu apenas a figura de Sir Isaac Newton com uma maçã na mão e um leve sorriso irônico no rosto. E viu um raio branco que atravessou a maçã, formando as matizes das 7 cores do arco-íris.




Sir Isaac Newton então pronunciou a frase:

– Eu não avisei?

A Missa de 7º Dia do falecimento de Monsieur Koppig ocorrerá no próximo domingo na Église Notre-Dame-de-l'Assomption.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Direita versus Esquerda: conceitos e preconceitos

Parece que entramos em uma máquina do tempo e estamos revivendo o período da Guerra Fria. Recentemente as redes sociais estão inundadas de mensagens defendendo ou criticando posições supostamente "de direita" e "de esquerda". Mensagens essas que trazem consigo preconceito e desinformação, alimentando o ódio mútuo, não somente desnecessário, mas principalmente perigoso para o país. Mas o que é "ser de direita" e "ser de esquerda" na essência das expressões?
 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão:
na sessão do dia 26/08/1789 cunharam-se os termos "Direita" e "Esquerda".
Fonte: UOL, 2014.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

A entrada para as drogas (depoimento de Carlos – pseudônimo de C. L. M.)

Estou em um centro de recuperação de dependentes químicos da cidade de São Paulo para conversar com Carlos (pseudônimo de C. L. M.). O jovem de 29 anos que é viciado em crack e cocaína.  Ele adentra a sala de visitas e eu me espanto com a visão do rapaz. Parece ter uns 45 a 50 anos – envelhecimento precoce causado por anos de imersão no mundo das drogas. HIV positivo por se prostituir na fase mais degradante do vício e decidiu procurar ajuda depois de ser duramente espancado por skin heads na Praça da República.
 
C.L.M no centro de recuperação.

Está pela primeira vez no centro de recuperação. Articulado e aparentemente sereno, é completamente diferente daquele estereótipo do viciado em crack que permeia o imaginário do brasileiro médio. Carlos é loiro de olhos verdes, tem formação universitária e passou a adolescência viajando com os pais pela Europa, Estados Unidos, Austrália, fala inglês, espanhol, alemão e francês fluentemente. 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Rachel Sheherazade e a liberdade de expressão

Convido o leitor a uma reflexão imparcial sobre as declarações da jornalista do SBT, Rachel Sheherazade. Tentemos, por um instante, abrir mão de nossos preceitos ideológicos e agir como observadores externos dos eventos recentes e das manifestações (prós e contras) que têm dominado as redes sociais sobre o assunto.

domingo, 19 de janeiro de 2014

PSDB X PT – a guerra que está destruindo o Brasil


Uma guerra está em curso no Brasil. Iniciada em 1994, esta guerra está destruindo o país da pior forma possível: jogando cidadãos uns contra os outros, enquanto os grandes problemas sociais, políticos e econômicos corroem as bases do pacto federativo, do que resta da noção de civilidade e da convivência em sociedade.