quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Indústria, Ciência e Tecnologia (entrevista à revista imPRESSo)

[Entrevista minha à revista imPRESSo, 17 de janeiro de 2012].

Foto: Future Technology Portal, 2012.

1- Segundo o documento “A Indústria e o Brasil”, da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o caminho para mais crescimento passa pela diversificação da produção e exportação de manufaturas. O Brasil tem fôlego para diversificar e exportar mais em 2012?
R.: O espaço é limitado. A diversificação está relacionada à capacidade produtiva, o que tem a ver com as vantagens comparativas e com a disponibilidade dos fatores de produção, mas principalmente na capacidade de consolidar essas vantagens. Especialmente no que diz respeito à P&D (Pesquisa & Desenvolvimento), que, no Brasil, é algo que ainda não está ao alcance de muitas empresas, em grande parte pelos altos custos tributários relativos a esse tipo de investimento.
Quanto ao aumento de exportação, essa variável é função direta da competitividade da taxa de câmbio e da demanda estrangeira. E ambas vivem um período desfavorável no caso brasileiro. A taxa de câmbio está sobrevalorizada, em particular pela entrada de capitais financeiros, atraídos, em parte, pelas altas taxas de juros. E a demanda externa vive um momento de incertezas pela estagnação na Europa e nos EUA, além da possibilidade de desaceleração da economia chinesa. O fator “China” é o que tem favorecido o Brasil nas contas externas, porque o consumo daquele país tem elevado os preços das commodities no mercado internacional. Se a China desacelerar, os preços de produtos como soja, açúcar e aço podem cair, o que poderia prejudicar o saldo comercial brasileiro.

domingo, 2 de setembro de 2012

Clint Eastwood: entre o ridículo e a hipocrisia

Clint Eastwood deveria pedir a George W. Bush para explicar a "cartilha responsável" da política fiscal defendida pelos conservadores.
Fotomontagem: imagens obtidas no site www.reuters.com.
Além de ridícula a aparição de Clint Eastwood conversando com uma cadeira como se falasse com o presidente Barack Obama, as “perguntas” por ele colocadas ultrapassaram por muito a linha da hipocrisia. Eastwood poderia ter colocado outra cadeira ao lado da cadeira vazia representando o ex-presidente George W. Bush. Aliás, ele poderia tê-lo convidado a estar em pessoa, já que o ator e diretor compartilha de ideias e princípios conservadores daquele que ficou conhecido nos Estados Unidos como “President Evil”.