segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A indústria eleitoral



Para ter a ilusória sensação de vivermos em uma democracia representativa, o povo brasileiro tem se sujeitado nas últimas três décadas a uma crescente indústria eleitoral.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Indústria, Ciência e Tecnologia (entrevista à revista imPRESSo)

[Entrevista minha à revista imPRESSo, 17 de janeiro de 2012].

Foto: Future Technology Portal, 2012.

1- Segundo o documento “A Indústria e o Brasil”, da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o caminho para mais crescimento passa pela diversificação da produção e exportação de manufaturas. O Brasil tem fôlego para diversificar e exportar mais em 2012?
R.: O espaço é limitado. A diversificação está relacionada à capacidade produtiva, o que tem a ver com as vantagens comparativas e com a disponibilidade dos fatores de produção, mas principalmente na capacidade de consolidar essas vantagens. Especialmente no que diz respeito à P&D (Pesquisa & Desenvolvimento), que, no Brasil, é algo que ainda não está ao alcance de muitas empresas, em grande parte pelos altos custos tributários relativos a esse tipo de investimento.
Quanto ao aumento de exportação, essa variável é função direta da competitividade da taxa de câmbio e da demanda estrangeira. E ambas vivem um período desfavorável no caso brasileiro. A taxa de câmbio está sobrevalorizada, em particular pela entrada de capitais financeiros, atraídos, em parte, pelas altas taxas de juros. E a demanda externa vive um momento de incertezas pela estagnação na Europa e nos EUA, além da possibilidade de desaceleração da economia chinesa. O fator “China” é o que tem favorecido o Brasil nas contas externas, porque o consumo daquele país tem elevado os preços das commodities no mercado internacional. Se a China desacelerar, os preços de produtos como soja, açúcar e aço podem cair, o que poderia prejudicar o saldo comercial brasileiro.

domingo, 2 de setembro de 2012

Clint Eastwood: entre o ridículo e a hipocrisia

Clint Eastwood deveria pedir a George W. Bush para explicar a "cartilha responsável" da política fiscal defendida pelos conservadores.
Fotomontagem: imagens obtidas no site www.reuters.com.
Além de ridícula a aparição de Clint Eastwood conversando com uma cadeira como se falasse com o presidente Barack Obama, as “perguntas” por ele colocadas ultrapassaram por muito a linha da hipocrisia. Eastwood poderia ter colocado outra cadeira ao lado da cadeira vazia representando o ex-presidente George W. Bush. Aliás, ele poderia tê-lo convidado a estar em pessoa, já que o ator e diretor compartilha de ideias e princípios conservadores daquele que ficou conhecido nos Estados Unidos como “President Evil”.

sábado, 25 de agosto de 2012

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Câmara Municipal: o circo dos horrores




As eleições municipais definitivamente se tornaram um circo de horrores. Em busca de salários excelentes e a possibilidade de empregar parentes e amigos, figuras bizarras competem por aquele chamado “voto de protesto” para tentarem se eleger vereadores. Ganha quem conseguir se destacar por ser mais cômico, mais ridículo ou mais inacreditavelmente estúpido. Vale tudo!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A geração rock ‘n’ roll chegou à velhice



A geração que viveu a juventude durante a década de 1950 talvez seja a última que tenha conseguido lidar naturalmente com o envelhecimento. Pais na primeira geração dos “babies boomers”, aquela geração vinha de um tempo em que envelhecer era algo quase nobre. Os mais jovens tinham absoluto respeito pelos idosos. Desrespeitar um idoso – sob qualquer aspecto – era condenável. No entanto, aquele respeito era derivado de certo medo.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Falta Rock ‘n’ Roll às novas gerações



Rock ‘n’ Roll literalmente significa “agitar e rolar”. Uma provocativa alusão ao sexo, em um período no qual imperava o falso puritanismo dos Estados Unidos, à época um país extremamente conservador, racista e sexista.

O Rock ‘n’ Roll é filho do Blues, que foi a mais bela expressão da música negra também nos Estados Unidos. O Blues era música folclórica rural, nascida entre os negros plantadores de algodão, popularizada em ritos das igrejas protestantes. Quando veio para a cidade, ainda na década de 1930, na voz de Robert Johnson, foi a primeira manifestação popular a ganhar expressão, em uma era de forte opressão e segregação raciais.