Clint Eastwood deveria pedir a George W. Bush para explicar a "cartilha responsável" da política fiscal defendida pelos conservadores.
Fotomontagem: imagens obtidas no site www.reuters.com. |
Além de ridícula a aparição de Clint Eastwood
conversando com uma cadeira como se falasse com o presidente Barack Obama, as “perguntas”
por ele colocadas ultrapassaram por muito a linha da hipocrisia. Eastwood
poderia ter colocado outra cadeira ao lado da cadeira vazia representando o
ex-presidente George W. Bush. Aliás, ele poderia tê-lo convidado a estar em
pessoa, já que o ator e diretor compartilha de ideias e princípios conservadores daquele que ficou conhecido nos Estados Unidos como “President
Evil”.
No discurso, a responsabilidade fiscal. Na prática, os conservadores aumentam a dívida pública dos EUA financiando duas guerras inúteis e contrárias às resoluções da ONU.
Fonte: Fundo Monetário Internacional, 2009 (World Economic Outlook Database, April 2009).
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Eastwood poderia ter perguntado a George W. Bush como
ele conseguiu converter um superávit fiscal de 0,85% do PIB, deixado pelo
antecessor Bill Clinton, em um déficit de 6,07%, quase dobrando a dívida
líquida daquele país de US$3,793 trilhões para US$7,119 trilhões, segundo dados
do FMI.
Isso tudo sem que fosse gasto nem US$1 per capita a mais com o sistema público
de saúde, muito menos com educação, previdência ou infraestrutura. Como ele
conseguiu convencer os Estados Unidos inteiros a uma paranoia desmedida, “justificando”
o aumento dos gastos com “segurança”? Como ele conseguiu convencer a população
dos Estados Unidos a entrar em duas guerras injustificadas, uma atrás de Osama
Bin Laden no Afeganistão, quando a própria CIA havia emitido relatório dando
indícios de que Bin Laden estivesse no Paquistão (onde, aliás, ele supostamente
teria sido morto), e outra contra as “armas de destruição em massa” de
Sadan Hussein?
Assim como os desvarios da extrema esquerda, passou da
hora de o mundo abrir os olhos com os falsos puritanos da extrema direita. Estes
adoram pregar sobre responsabilidade fiscal, mas quando estão no poder aumentam
as benesses dos recursos públicos para as classes mais favorecidas. Os
conservadores que adoram exaltar a educação privada, mas que torram dinheiro do
erário público com idiotices como a “abstinência sexual” na prevenção às
doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez precoce.
Que os Estados Unidos da América não caiam novamente na
armadilha dos republicanos da extrema direita. Aliás, o discurso de Mitt Romney é muito
parecido com o de George W. Bush – para desespero das pessoas de bom senso. A
verificar.
De novo? Não! |