A "grande revolução educacional" proposta pelo governo são os colégios militares.
Colégios militares são muito fortes nas ciências exatas, mas muito ruins nas ciências humanas.
É da própria natureza do militarismo: aprender a ter disciplina e obedecer para cumprir ordens.
Os militares - em especial os de baixa patente - não podem ter pensamento crítico: eventualmente serão enviados a um front de batalhas do qual não terá a mínima chance de sair vivo, mas obedecerá a ordem em nome da defesa da pátria.
Mal sabem eles por quais "patriotas" de fato estão dando as vidas... Mas, enfim, é esse o espírito.
Agora, o problema: quando a indústria 4.0 passar a usar I.A. em massa, os humanos serão absolutamente prescindíveis em funções que exigem trabalho mental acrítico.
Engenheiros, administradores, economistas, contadores, professores, médicos, dentistas, advogados... Todos serão substituídos pela I.A.
Se você duvida disso, pesquise sobre o Watson da IBM no Google. Já está acontecendo.
Quais são as ocupações que não serão substuídas pela I.A.? Aquelas ligadas ao pensamento criativo e crítico.
Justamente o que os colégios militares buscam tolher pela própria essência!
Ou seja, a "revolução educacional" proposta pelo governo potencialmente suscitará uma legião de profissionais obsoletos.