Há pouco menos de um mês para o pleito, as eleições para Presidente
da República permanecem indefinidas. A última pesquisa Ibope encomendada pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada hoje, 12/09/2014, mostra Dilma Rousseff à frente de Marina
Silva, com 39% contra 31% respectivamente.
Fonte: Eleicoes2014.com.br, acesso em 12 de setembro de 2014. |
Apesar da pequena oscilação para cima de Dilma e para baixo de Marina, o resultado é favorável à candidata petista, na comparação com a pesquisa anterior. À época, em 03 de setembro, Dilma tinha 37% contra 33%, o que, considerando a margem de 2 pontos percentuais, colocava as duas candidatas em empate técnico. Com o resultado atual, desfaz-se o empate técnico, apesar de que, em um eventual 2º turno, o há um empate técnico entre as duas, com leve vantagem para Marina. O recente resultado negativo de Marina Silva tem a ver com os ataques que tem sofrido, tanto por parte de Dilma, como por parte de Aécio Neves.
Fonte: Folha de S. Paulo, acesso em 12 de setembro de 2014. Aécio Neves tem chances cada vez mais reduzidas de chegar ao segundo turno. Marina Silva e Dilma Rousseff estão tecnicamente empatadas em um eventual segundo turno. |
Já Aécio Neves tem suas chances cada vez mais reduzidas de chegar ao segundo turno. Pior, ao reforçar os ataques contra Marina Silva, o tucano acaba por favorecer o próprio PT, partido arqui-rival. Uma eventual vitória petista fortaleceria o partido e inviabilizaria as chances de o PSDB chegar ao poder federal em 2018. Seria diferente se a candidata Marina Silva ganhasse: mais fraca em termos de capacidade de articulações políticas, poderia ser uma "vitrine mais fácil de quebrar" em 2018, face às dificuldades que certamente terá caso seja eleita.
Fonte: Band, acesso em setembro de 2014. Ao atacar Marina Silva, Aécio Neves não melhorou seu desempenho nas pesquisas e ainda ajudou a arqui-rival Dilma Rousseff a se distanciar do empate técnico. |
Pior, se houver mesmo um segundo turno entre Dilma e Marina
conforme indicam todas as pesquisas, o PSDB terá de tomar uma "decisão
salomônica": declarar neutralidade e fortalecer a candidata do PT ou
apoiar Marina e perder credibilidade junto ao eleitor mais "à
direita". Tanto uma como outra situação pode complicar a vida das
pretensões do PSDB ao Palácio do Planalto em 2018. Até porque serão grandes as
chances de o próprio ex-presidente Lula voltar com força total em 2018.
A verificar.