Fonte: Hypeness, 2020.
Acompanhei, ainda que por cima, a história do "abraço do Doutor Dráuzio Varella", bem como as revelações dos crimes da transexual Susy de Oliveira.
Eu não tenho - e não teria jamais - a capacidade de perdoar a transexual pelos crimes bárbaros que cometeu.
Só de imaginar os crimes, a fúria que reside dentro de mim - e de cada ser humano animal - aflora de maneira implacável.
Ainda mais agora que sou pai. Não consigo imaginar a dor da família, a tristeza que os assombrará até a morte.
Não. Não tenho e não teria a capacidade de perdoar! Jamais!
O que me faz admirar ainda mais a atitude do Doutor Dráuzio Varella. De entrar em um presídio, o lugar mais marginalizado do planeta - sob todos os aspetos - e oferecer tratamento médico aos detentos sem NUNCA perguntar quais foram seus crimes, para que seu julgamento pessoal não interfira no juramento que fez ao se tornar médico.
Admito: não creio que eu conseguiria ter a capacidade que o ATEU Dráuzio Varella tem de seguir a um básico ensinamento CRISTÃO: "não julgai e não serás julgado".
Dráuzio Varella NÃO JULGOU. Confesso que julguei. Julguei a trans. E julguei o Doutor Dráuzio Varella.
E me sinto mal por tê-lo julgado, ainda que instintivamente. Mas meu lado racional faz a devida retratação ao Doutor Dráuzio Varella.
Doutor Dráuzio Varella: você é um ser humano muito, mas muito melhor do que eu!!!