sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

PIB 2013: a repetição de 2011 e 2012

(publicado em 18 de dezembro de 2012)
A divulgação, em fins de novembro, do resultado do 3º trimestre do PIB acendeu a luz vermelha na equipe econômica do governo. Apesar dos esforços do Ministério da Fazenda em reaquecer a Economia via consumo das famílias, por meio de incentivos fiscais como a redução do IPI, os decepcionantes 0,6% de crescimento mostraram que é preciso “algo mais” para colocar a Economia brasileira de volta na rota do crescimento. Não seria, assim, absurda a formação de expectativas de que o PIB de 2013 poderá ser tão fraco quanto 2011 ou 2012, visto que o cenário internacional e doméstico tende a não se alterar substancialmente.

Crescimento econômico versus sustentabilidade e bem-estar


O autor britânico Adam Smith, filósofo e economista do século 18, escreveu que o bem-estar está associado à satisfação de necessidades. Fome, frio, insegurança e doenças são situações desfavoráveis para as quais surgem necessidades a serem supridas: alimentação, roupas, moradia e remédios. Sob a ótica de Smith, que então analisava o nascimento da incipiente sociedade capitalista, essa tarefa poderia ser cumprida pelas relações de consumo. Logo, a “mão invisível” do livre mercado, ao possibilitar as satisfações das necessidades individuais, potencializava o alcance do bem-estar social.
Adam Smith, filósofo e economista do século 18: o bem-estar está associado à satisfação de necessidades e essa tarefa poderia ser cumprida pelas relações de consumo, potencializando o bem-estar social.

Foto: University of Chicago, 2013.