No momento em que estou escrevendo
este texto, segundo o Johns Hopkins Coronavirus Resource Center, o Brasil
registra 3.846.153 casos de Covid-19 e 120.262 mortes em decorrência da doença.
No dia 03 de agosto, menos de um mês antes, eram 2.733.677 de casos e 94.130
mortes.
Considerando-se o total de casos
registrados em 29 de agosto de 2020, a taxa de letalidade detectada da doença
no Brasil é de 3,1%. Ou seja, a cada 100 contaminados detectados, 3 morrerão.
Os dados, tanto de detecção de infectados, como de mortos, é subnotificado. Fato.
Basta ver o aumento vertiginoso do número de mortes por Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SRAG) não associados ao coronavírus de 2020, na comparação com
anos anteriores.
Dados recentes apontam que a taxa de
letalidade da doença é de cerca de 0,7%, o que é um indicativo da
subnotificação. O número pode ser ainda menor, algo como 0,5%. Contudo, partindo-se
da hipótese desses 0,7%, o total de casos deve estar por volta de 17
milhões.
Segundo o IBGE, a população total do
Brasil é de 211 milhões. Caso 70% da população sejam infectados – percentual
tido como aquele que permitiria o país alcançar a questionável "imunidade
de rebanho" –, isso equivaleria a 147,7 milhões de infectados e, nas
atuais condições, sem remédio e sem vacina, levaria à morte mais de um milhão
de brasileiros!
Ainda assim, "sobrariam"
210 milhões de brasileiros vivos. O que, para muitos, é motivo para não criar
alarde.
Os que morrerão são a
"minoria". A maioria sobreviverá. Sim. Esse é o típico pensamento do
brasileiro médio. Das autoridades aos incautos, passando por familiares que
eventualmente assistirão à morte de um desses "grupos minoritários".